São Paulo, quinta-feira, 25 de abril de 1996 |
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Impasse marca a negociação
IGOR GIELOW
Ontem, o secretário de Estado dos EUA, Warren Christopher, esteve reunido por duas horas com o premiê do Líbano, Rafik al Hariri. Segundo a Folha apurou junto ao gabinete de Al Hariri, há um impasse em relação à atuação do Hizbollah. Israel aceita o cessar-fogo se o Hizbollah se comprometer a não atacar civis em seu território e tropas na zona ocupada pelo país no sul do Líbano, desde 1982. Os sírios, que representam o Hizbollah na negociação, afirmam que a guerrilha xiita aceita parar de atacar com foguetes Katiucha alvos civis dentro de Israel. Mas não garante cessar-fogo contra as tropas israelenses em território libanês -porque este tipo de acordo legitimaria, na opinião do Hizbollah, a ocupação. Christopher voltou à noite para Israel, via Damasco, e deve ir hoje à Síria, novamente. A questão principal a ser acertada é a definição de uma promessa israelense de desocupação de território. Segurança O encontro de ontem foi o primeiro em território libanês e aconteceu em um hotel na cidade de Chtaura (45 km de Beirute). O encontro não foi em Beirute porque Chtaura é o último ponto seguro para caso de fuga rápida devido a atentados. O caminho entre Chtaura e Beirute é sinuoso, passando pelo lado do monte Líbano, e cheio de locais para possíveis emboscadas. Mesmo assim, ontem havia cerca de 200 soldados espalhados de forma visível na rota, que normalmente já tem cinco barreiras -duas sírias e três libanesas. Para chegar a Chtaura, Christopher utilizou um comboio de 70 carros, para dificultar a identificação do seu. Na cidade, uma área com raio de dois quilômetros a partir do hotel foi isolada. (IG) Texto Anterior: Aviões israelenses bombardeiam comboio da ONU Próximo Texto: Sinn Fein participará de eleição irlandesa; Dinheiro de Cali foi desviado, diz Samper; Clinton assina lei contra o terrorismo; Turquia terá CPI para investigar Tansu Çiller; Cirurgia pulmonar ameniza enfisema Índice |
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