São Paulo, domingo, 28 de abril de 1996 |
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Para usuário, transporte piora
LUCIA MARTINS
A associação realiza pesquisas semestrais sobre os transportes públicos na cidade. Os ônibus passaram de +16, no primeiro semestre, para +13 no segundo; e o metrô, de +93 para +84. A escala usada pela pesquisa vai de -100 ("péssimo") a +100 ("excelente"). A queda na nota não chegou a mudar a qualificação dos dois meios de transportes. O primeiro ainda é considerado "regular" e o segundo, "excelente". Tendência Apesar da queda, desde 1988 -quando as pesquisas de opinião começaram a ser feitas pela ANTP- o metrô mantém uma média que vai de +70 a +90 (de bom a excelente). A imagem dos ônibus, no entanto, está em queda desde 1992, quando a nota dada pelos usuários atingiu seu máximo: +50 (bom). Rogério Belda, 59, presidente da ANTP, afirma que, durante o governo passado, de Luiza Erundina (PT), houve uma grande melhoria da imagem dos ônibus. "A partir de 1992, a imagem está em queda livre", afirma. Segundo ele, em janeiro passado, quando foi divulgada a pesquisa do segundo semestre do ano passado, os empresários ficaram surpresos com a queda de três pontos. "Eles fizeram investimentos e esperavam uma melhora. O que aconteceu foi o inverso. Na época, as empresas culparam o aumento dos congestionamentos na cidade, que estariam deixando as pessoas mais descontentes." Neusa Alves Corrêa faz o transporte de passageiros por "lotação" com uma camionete importada Mitsubishi. Ela é uma dos quase 2.000 motoristas de lotação legalizados. Neusa faz a linha shopping Center Norte-Santana (zona norte de SP). Cobra, como os seus colegas, R$ 0,65 por passageiro. Sua vantagem é que, na sua camionete importada, cabem 11 pessoas, e não oito, como em uma Kombi. Neusa faz esse trabalho há cinco anos. "Inaugurei essa linha. Hoje, somos 38 cadastrados no ponto." Por isso, ela é obrigada a fazer apenas dez viagens por dia para dividir o ponto com os colegas. (LM) Texto Anterior: Ampliações estão paradas Próximo Texto: 'Clandestinas' já são 2.000 Índice |
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