São Paulo, domingo, 28 de abril de 1996
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Para CGT, prevenção é desafio

DA REPORTAGEM LOCAL

Para a Central Geral dos Trabalhadores, o desafio agora é convencer os empresários a adotarem ações conjuntas com os sindicatos de trabalhadores e o governo para prevenir a Aids nas empresas.
Além da adoção de programas de informação no local de trabalho, a central pretende incluir nas convenções coletivas cláusulas obrigando as empresas a prevenirem e darem assistência a funcionários portadores do HIV ou aidéticos.
"Na sua imensa maioria, as empresas não têm nem planejam ter programas de prevenção à Aids. Elas só cumprem o que está na lei e é fiscalizado", reclama o presidente da CGT, Antonio Neto.
Quanto aos trabalhadores, a CGT considera o preconceito contra os portadores do vírus da Aids e os doentes revelado pela pesquisa menor do que o esperado.
Ele destaca o dado de que a maioria é contra discriminar os portadores do vírus de sua empresa. Entretanto, 72% acham que o teste anti-HIV deveria ser obrigatório para os novos funcionários.
Fidelidade
Para Neto, o problema das campanhas de esclarecimento será convencer o trabalhador a usar camisinha mesmo havendo um grau alto de fidelidade declarada.
"Como convencer as pessoas a usarem camisinha se elas se declaram monogâmicas e fiéis? Vai gerar desconfiança no casal: será que o outro está propondo usar porque me traiu ou desconfia que eu o traí?", explica.

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