São Paulo, domingo, 28 de abril de 1996 |
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Investidores alongam aplicações
MILTON GAMEZ
Nas operações de "swap" de índices registradas pela Cetip (Central de Liquidação e Custódia de Títulos Privados), predominam os prazos mais longos, de 90 a 360 dias. "O alongamento está chegando. Se não atingiu ainda de forma satisfatória as aplicações, pelo menos está influindo nas operações de crédito", diz Carlos Paschoal, superintendente-adjunto da Cetip, empresa que faz os registros das operações do mercado de balcão (fora das Bolsas). No mercado de "swap", quem tem aplicações ou compromissos corrigidos por um determinado índice -como TR, dólar, taxa prefixada ou pós-fixada- pode trocá-lo por outro, caso decida correr um risco diferente do que havia pensado no início. Segundo levantamento da Cetip, no último dia 22 de abril havia R$ 64,7 bilhões de operações de "swap" registradas no mercado de balcão. A maior parte -R$ 52 bilhões, ou 80,4%- tinham prazos entre 31 dias e 360 dias. Apenas R$ 9 bilhões (13,9%) tinham prazo de até 30 dias. Entre 31 e 60 dias, as operações somavam R$ 12,8 bilhões (19,78%). Entre 61 e 90 dias, R$ 16,4 bilhões (25,35%). Entre 91 dias e 360 dias, R$ 22,8 bilhões (35,24%). Acima de 360 dias, o volume era de R$ 3,6 bilhões (5,56%). Chances de ganho "Os prazos estão se alongando aos poucos. Como há uma certa concordância geral dos analistas sobre os números de curto prazo, as chances de se ganhar mais dinheiro estão nos prazos mais longos", explica Luís Fernando Figueiredo, diretor de tesouraria do Banco BBA-Creditanstalt. Até o tradicional Bradesco decidiu reforçar sua atuação nos chamados mercados de derivativos. Na sexta-feira, comprou um título patrimonial da BM&F (Bolsa de Mercadorias e de Futuros), para atuar diretamente no "swap" e nos outros mercados. Na Cetip, o Bradesco tem registrados "swaps" no valor de R$ 1,5 bilhão. (MG) Texto Anterior: Saiba fazer o recolhimento corretamente Próximo Texto: Não ao imobilismo Índice |
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