São Paulo, domingo, 28 de abril de 1996 |
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Marcelo Negrão afirma que a dor já é parte de sua carreira
SÉRGIO KRASELIS
Em 95, após aprender a conviver com tendinites crônicas, Negrão atingiu o ápice de suas lesões. Num treino, rompeu em 4 cm a musculatura do abdome. Para se recuperar, ficou dois meses, ou 1.440 horas, em repouso absoluto. "Sinto uma dor aqui, outra ali, mas faz parte da carreira." Superar o limite, para Negrão, deixou de ser meta. "Treino para atingir a perfeição. Ao conseguir isso, o mais difícil é mantê-la. Tenho de treinar em dobro para estar na média." O atacante diz que duplicar o esforço físico causa um desgaste enorme na sua musculatura. Em contrapartida, ele diz que, aos 23 anos, paga o preço da satisfação. "Gosto de estar bem, de sair da quadra sabendo que dei tudo de mim. Só assim posso dormir tranquilo." Atual campeão brasileiro pelo Olympikus/Telesp, Negrão disse que tomou "muito cuidado" para não se machucar nessa competição. Como jogou muito, foi recompensado com mais tempo de repouso e dedicou mais horas ao condicionamento físico. "Estando bem fisicamente você não se machuca, não sofre contusão dentro do jogo, a não ser uma entorse", diz Negrão. O atacante assegura que não vai fazer corpo mole na Liga Mundial. "Sei que a Olimpíada está aí, e nós jogadores sabemos que não podemos nos machucar. Mas, se estou na chuva, é para me molhar." (SK) Texto Anterior: Vôlei 'massacra' praticantes Próximo Texto: Equipe faz da Liga treino de luxo para a Olimpíada Índice |
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