São Paulo, segunda-feira, 29 de abril de 1996 |
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Autora quer manter o suspense até o final
GILBERTO DE ABREU
Para isso, repetiu a estratégia do colega Sílvio de Abreu em "A Próxima Vítima", deixando em aberto as cenas do desfecho dos protagonistas Igor (Ricardo Macchi), Dara (Tereza Seiblitz) e Júlio Falcão (Edson Celulari). Para não desapontar a torcida do cigano Igor, a autora prefere não falar das cenas escritas para o previsível reencontro de Dara e Júlio. O texto final deve ser entregue à emissora somente na quarta-feira. Confirmada a participação especial de Denis Carvalho (diretor-geral da novela) no último capítulo como o par romântico de Vera (Maria Luiza Mendonça), é descartada a reconciliação entre a vilã e seu ex-marido, o que reforça o final feliz de Júlio e Dara. Se o futuro parece incerto para o trio de protagonistas, o destino dos personagens secundários já está traçado. O DJ Serginho (Rodrigo Santoro) desiste da viagem para Nova York e resolve ficar ao lado da fotógrafa Betty (Renée de Vielmond), com quem terá um filho. Adilson Gaivota (Eri Johnson) pede Odaísa (Isadora Ribeiro) em casamento e ela aceita. Gugu (Luiz Claudio Junior), que havia sido sequestrado por Geraldo (Gracindo Jr.), é finalmente encontrado por Bebeto (Guilherme Karan), que se torna o herói do bairro de Maria da Graça ao devolver o garoto a Odaísa. O professor de computação Edu (Cassio Gabus Mendes), depois de absolvido, vence a timidez e se declara apaixonado por Yone (Débora Evelyn), com quem se casa e aguarda a chegada do primeiro filho do casal, que será viciado em computadores. Os ciganos também ganham seu final feliz. Depois que Nevenka (Juliana Aguiar) resolve fugir com outro homem, Ianca (Leandra Leal) e Vladimir (Felipe Folgosi) acabam, por fim, declarando-se apaixonados. Sarita Vitti (Floriano Peixoto) também conhecerá o amor, mas não poderá se casar com ele na igreja. Acaba a novela ao lado de um homem por quem se apaixona durante um show do cantor Elymar Santos. Glória Perez Apesar das críticas que vem recebendo durante os últimos dois meses, a autora afirma que está satisfeita com o produto final. E enumera pelo menos três bons motivos para comemorar. "Deu certo trabalhar com a ficção aliada ao jornalismo, assim como investir no resgate da dignidade do povo cigano. As pessoas deixaram de pensar que eles comem criancinhas", disse. O maior trunfo de "Explode Coração", no entanto, não foi uma coisa nem outra. Ao exibir durante a novela os rostos de pessoas desaparecidas, Glória Perez acabou ajudando a localizar mais de 60 crianças. "Foi uma surpresa", disse. Surpresa tanto para ela quanto para o Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, que apresentará nos próximos dias uma carta à direção da Rede Globo, pedindo que a iniciativa não saia do ar. Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: Leitor opina via Internet Índice |
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