São Paulo, segunda-feira, 29 de abril de 1996
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Obra se relaciona com afrescos

KATIA CANTON
ESPECIAL PARA A FOLHA, EM HARTFORD

Para falar de seu trabalho, o artista plástico norte-americano Sol Lewitt dá a palavra para Andrea Miller-Keller.
A curadora, que virá ao Brasil para a Bienal, ao lado de seus assistentes James Rondevir e Sarah Hirzel, conta que Lewitt começou a ser reconhecido tardiamente, apenas aos 38 anos de idade. E que permanece um artista generoso.
"Ele nunca abriu mão de um sistema extremamente coerente de trabalho. A base está na criação desse sistema para fazer decisões construtivas numa obra de arte.
Por exemplo, ele nunca mistura cores. Ele risca seus desenhos e indica, com letras, que cor aquela área vai receber. Algumas vezes ele marca duas camadas de amarelo e uma de azul, o que dá um determinado tom de verde. Mas só usa preto e branco, azul, amarelo e vermelho, como Mondrian."
Essa construção de cores, em camadas, dá ao trabalho de parede de Sol Lewitt a relação direta com a tradição dos afrescos.
A partir de 1965, quando começou a fazer sucesso, Sol Lewitt foi incluído na lista dos chamados artistas minimalistas, que pretendiam reduzir a forma ao mínimo e trabalhar com obras que pudessem ser reproduzidas em séries, a partir de métodos construtivos prescritos. Com essa simplificação, pretendia-se aumentar o acesso à obra de arte.
Sol Lewitt foi o primeiro artista indicado por uma representação nacional -os EUA- para a próxima Bienal.
(KC)

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