São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 1996 |
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Assentados não querem o MST
ESTANISLAU MARIA
"As culturas de ocupação da terra são diferentes. O pessoal que está lá (em Novo Repartimento) vem fazendo um manejo florestal comunitário, um trabalho de preservação de longo prazo", disse o pastor luterano André Nufer, que trabalha com os colonos em Novo Repartimento. "Mil famílias do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), cuja ocupação é diferente, chegando de uma só vez, vão causar um impacto muito grande", completou. Segundo ele, já existem em Tuerê e Rio Gelado 850 famílias esperando assentamento. "O acesso é bastante difícil. Há pelo menos 150 pistoleiros na região, e parte da área -60 mil hectares- está em disputa com uma madeireira. Em Rio Gelado, lideranças já foram emboscadas. Tiroteios são constantes", disse. Logo após o massacre de Eldorado do Carajás, essas áreas foram indicadas pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e pelo Iterpa (Instituto de Terras do Pará) como alternativa para assentar as famílias que sobrarem na fazenda Macaxeira. Texto Anterior: Grupo não quer deixar região da Macaxeira Próximo Texto: Goldman vê fraude em prévia do PMDB Índice |
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