São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 1996
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Aeronáutica pode ser punida se não entregar fita do acidente

Justiça requereu conversa do piloto com a torre

DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério da Aeronáutica não apresentou ontem à Justiça Federal de São Paulo a fita com gravação da conversa entre a Torre de Comando do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em Cumbica (SP), e o piloto do avião que caiu no último dia 2 de março -matando os cinco componentes da banda Mamonas Assassinas.
A fita havia sido requisitada por Paulo Celso Dessimani, advogado da viúva do piloto Jorge Martins, Cristiane de Paula Martins.
O advogado alega que foi divulgado pela imprensa que a fita teria sido editada e parte de seu conteúdo teria sido comprometido.
"Queremos cópia dessa fita para preservá-la de possíveis cortes ou edições que possam comprometer a investigação em detrimento do piloto", afirmou Dessimani.
A Aeronáutica, representada pelo advogado da União Ricardo Border, alegou na audiência de ontem, na 20ª Vara da Justiça Federal, que não teve tempo suficiente para localizar a fita nos departamentos responsáveis pela investigação do acidente em Brasília.
A audiência de ontem havia sido marcada pela Justiça Federal no último dia 17 -há 12 dias.
A juíza Ritinha Mendes da Costa Stevenson marcou nova audiência para hoje, às 14h30, para que a Aeronáutica apresente a fita. Caso a Aeronáutica não a apresente a juíza poderá determinar desobediência à Justiça e aplicar sanções.
A Folha procurou ontem a assessoria de imprensa do Ministério da Aeronáutica, às 16h30. Uma funcionária informou que os assessores estavam em reunião. Nova tentativa foi feita às 17h10 e a informação foi de que o expediente havia se encerrado.

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