São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 1996 |
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Vendas a prazo crescem 20% em abril
FÁTIMA FERNANDES
Os carnês em atraso (mais de 30 dias) devem somar pelo menos 167,1 mil neste mês na capital paulista. É o mesmo número de março -que já havia sido 47% maior do que o de fevereiro. Prazos de pagamento mais longos e taxas de juros menores explicam o aumento da venda a prazo. Mas, segundo Emílio Alfieri, economista da entidade, o movimento de consultas ao SPC está concentrado nas grandes redes. Cerca de 10 mil lojas utilizam o serviço da associação em São Paulo. Segundo Alfieri, apenas 50 delas são de fato responsáveis pela movimentação do SPC. As empresas que têm condições de bancar a venda a prazos mais longos estão indo bem. O restante do comércio, avalia, está reclamando muito. "As vendas estão razoáveis e a inadimplência preocupa." Riscos Depois do Real, lembra Alfieri, a procura pelo crediário cresceu em torno de 60%, e o número de carnês em atraso, cerca de 150%. "O consumidor e o lojista estão correndo riscos." Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, diz que as lojas deverão terminar abril com vendas entre 5% e 7% abaixo das de março. Para ele, a inadimplência tende a se acentuar no próximo mês. É que, por conta do Dia das Mães, diz, o consumidor vai se entusiasmar a gastar. "Só que ele estará com menos dinheiro no bolso por causa do aumento das tarifas públicas, dos aluguéis etc.", afirma. Venda à vista Para Alfieri, esse serviço não é mais bom parâmetro do ritmo de vendas porque o lojista está consultando mais o Telecheque por causa da inadimplência alta. Supermercados Os supermercados paulistas esperam para este mês queda de 3% a 4% nas vendas na comparação com março. "O consumidor está sem dinheiro e endividado. Assim, quem está mais otimista espera empate nas vendas", diz Firmino Rodrigues Alves, presidente da Associação Paulista dos Supermercados. Texto Anterior: FRASES Próximo Texto: São Paulo poderá proibir MTBE na gasolina Índice |
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