São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 1996 |
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São Paulo poderá proibir MTBE na gasolina
DA REPORTAGEM LOCAL; DA AGÊNCIA FOLHA São Paulo pode acompanhar a decisão do Paraná, que proibiu a adição do MTBE (produto derivado de petróleo) à gasolina, permitindo apenas o uso do álcool.A Secretaria do Meio Ambiente do Estado promove hoje uma audiência pública para debater o uso do MTBE misturado na gasolina, em substituição ao álcool anidro. Foram convidados a participar da reunião representantes da Petrobrás, do Departamento Nacional de Combustíveis, dos produtores de álcool, da Anfavea (associação dos fabricantes de veículos), além de organizações ligadas à defesa do meio ambiente e sindicatos de frentistas e donos de postos. O objetivo do secretário do Meio Ambiente, Fábio Feldmann, é recolher opiniões para definir a posição do Estado em relação ao uso do MTBE. Segundo estudo da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), a gasolina com MTBE polui duas vezes mais do que a misturada com o álcool. A medida provisória do governo federal que determinou a adição do MTBE à gasolina durante o período de entressafra da cana não atinge as regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio. Nessas duas áreas, continua sendo usada gasolina com adição do álcool anidro, por causa do grande número de veículos em circulação. Proibição A venda de combustíveis com MTBE está proibida em Bauru (345 km a noroeste de São Paulo) por decreto do prefeito Antonio Tidei de Lima (PMDB). O decreto, publicado no "Diário Oficial do Município" do último sábado, afeta o oeste do Estado de São Paulo e o Mato Grosso do Sul. O decreto proíbe armazenar combustíveis com MTBE em Bauru, bem como o seu transporte por vias que cortam a cidade. O presidente do Sincopetro, o sindicato dos postos, José Reghine, se reuniu ontem com Lima para convencê-lo a mudar o decreto. "Bauru proibir a gasolina com MTBE é uma coisa. Agora, um decreto municipal afetar metade de São Paulo e o Mato Grosso do Sul vai causar um grande transtorno", disse Reghine. Bauru possui um terminal de armazenamento de combustíveis, com escoamento por trens da Fepasa e da Rede Ferroviária Federal. Esse terminal abastece mais de 150 cidades do interior paulista e o Mato Grosso do Sul. Lima afirmou que pretendia rever o problema da proibição do transporte e do armazenamento de gasolina, mas que em Bauru a venda continua proibida. Colaborou a Agência Folha Texto Anterior: Vendas a prazo crescem 20% em abril Próximo Texto: IGP-M foi de 0,32% em abril, diz FGV Índice |
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