São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 1996
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Riofilme vai investir R$ 8 milhões em 96

CLÁUDIA MATTOS
DA SUCURSAL DO RIO

A Riofilme, distribuidora de filmes da Prefeitura do Rio, tem para este ano um orçamento de R$ 8 milhões para investir na produção de curtas e longas brasileiros.
Ao todo, 15 longas e 12 curtas terão a Riofilme como co-patrocinadora. Dos longas, oito títulos já estão escolhidos. Os outro sete serão selecionados até o fim do ano, entre projetos de todo o Brasil.
A seleção dos curtas começou a ser feita neste mês por meio de um concurso, aberto apenas a cineastas cariocas.
Os candidatos serão selecionados com base no roteiro. O candidato tem de apresentar também a sinopse do curta, plano de filmagem e de produção e o orçamento.
É fundamental que os roteiros adaptados apresentem também a autorização dos autores dos originais para que possa ser filmado. A Riofilme não se responsabiliza pelos custos totais da produção.
"Queremos estabelecer parcerias. É assim que o mercado, mesmo o internacional, está trabalhando", disse José Carlos Avellar, presidente da Riofilme.
Os escolhidos receberão R$ 12 mil em dinheiro, além de câmera, negativo, revelação, copião e montagem. "Entregamos o material nas mãos dos cineastas porque conseguimos mais barato do que eles conseguiriam, pois compramos em grande quantidade."
Longas
A seleção dos longas não será feita por meio de concurso. "Nós recebemos roteiros de longas o tempo todo e vamos selecionando aos poucos", afirmou Avellar.
Para participar, os candidatos têm de cumprir os mesmos requisitos exigidos dos cineastas que querem realizar um curta.
A participação da Riofilme em um curta pode variar de acordo com a necessidade de cada cineasta. "Tem gente que chega aqui já com o copião na mão e, então, a gente ajuda com a montagem e com a pós-produção, como colocar efeitos especiais."
No mercado internacional, as distribuidoras atuam de uma forma diferente. "A distribuidora faz um contrato de risco com o produtor antes das filmagens. Ela oferece um adiantamento de renda ao produtor baseado na expectativa de lucro que ela vê num determinado filme. Por enquanto, ainda é inviável pensar em lucro no mercado brasileiro", disse.
Desde que foi fundada a Riofilme já teve participação em 22 filmes nacionais que entraram no mercado neste período, entre eles "Terra Estrangeira", de Walter Salles Jr. e Daniela Thomas, e "Jenipapo", de Monique Gardenberg.
Para este ano, a Riofilme prevê a distribuição de outros nove títulos. "O que queremos é dominar de 30 a 50% do mercado brasileiro", afirmou.

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