São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Paraguai investiga presença do Hizbollah perto do Brasil

Polícia detém dois açougueiros de origem árabe por engano

DANIEL BRAMATTI
DE BUENOS AIRES

A polícia paraguaia está investigando a presença de militantes do Hizbollah entre os moradores de origem árabe de Ciudad del Este, fronteira com Argentina e Brasil.
No último sábado foram detidos e interrogados os irmãos Ibrahim e Hassan Josef, fato que provocou uma onda internacional de boatos. Uma rádio de Israel, citando fontes dos serviços de inteligência, anunciou que "terroristas" haviam sido presos na região.
Segundo a polícia paraguaia, os açougueiros têm passaporte brasileiro e não têm residência no Paraguai. A Folha tentou verificar a situação deles no Departamento de Imigrante, mas não conseguiu obter resposta.
Na semana passada, o chefe da polícia da Província de Misiones, José Werner Arnhardt, disse ao jornal "Clarín" que havia 20 comandos suicidas do Hizbollah em Ciudad del Este, prontos para "vingar" o ataque israelense ao Líbano. Ontem, consultado pela Folha, ele voltou atrás. "Aqui não sabemos nada disso", afirmou.
O jornal "Ambito Financiero", disse que uma equipe de investigação da Argentina teria viajado para o Paraguai, há duas semanas, para investigar a comunidade árabe que vive na fronteira. O jornal não citou a fonte da notícia.
A Argentina foi citada pelo governo israelense como possível alvo de uma ação terrorista em represália aos bombardeios no Líbano, junto com EUA e Reino Unido.

Texto Anterior: Bomba explode em prefeitura nos EUA; Kohl come carne em visita ao Reino Unido; Russos começam suas campanhas em jornais; Índia anula votação em 445 sessões eleitorais
Próximo Texto: Anunciada morte de sucessor de Dudaiev
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.