São Paulo, quarta-feira, 1 de maio de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Soldado muda depoimento

DO ENVIADO ESPECIAL

O soldado Antônio Mendonça, do batalhão da PM de Parauapebas, voltou atrás em seu depoimento e afirmou que as armas usadas no massacre de Eldorado do Carajás foram distribuídas de acordo com as regras militares.
Na semana passada, em depoimento a promotores em Curionópolis, o soldado havia dito que as cautelas -documentos que registram as armas distribuídas a cada policial- não foram preenchidas antes do confronto com os sem-terra.
Segundo esse primeiro depoimento, a ordem teria partido do major José Maria Oliveira, um dos oficiais que comandaram a operação que resultou no massacre de 19 sem-terra no último dia 17.
Anteontem, o soldado voltou atrás e confirmou a versão do major, em depoimento ao presidente do IPM (Inquérito Policial Militar), coronel João Paulo Vieira.
O major sustenta a versão de que foram registradas cautelas provisórias, destruídas após a operação. O soldado afirmou que, no primeiro depoimento, foi pressionado pelos promotores e pela PF.
Reunião
O governador Almir Gabriel determinou que o coronel Roberto Kós, chefe da Casa Militar do Pará, seguisse até Marabá, onde se reuniu ontem com o coronel João Paulo Vieira, que preside o IPM.
Kós foi enviado a Marabá após a comitiva liderada pelo ministro Nelson Jobim concluir que havia problemas de estrutura no IPM.

Texto Anterior: Tribunal nega pedido de prisão
Próximo Texto: Primeiros passos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.