São Paulo, quarta-feira, 1 de maio de 1996 |
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Artista que protegia crianças comemora
CLÁUDIA MATTOS
"Ganhamos. Ele vai pegar 309 anos", disse ao pé do ouvido de Yvonne, que trabalhava com as crianças da Candelária antes da chacina. Ela foi a primeira a saber que o crime fora cometido. "Puta que pariu. A gente conseguiu vencer", disse Yvonne. Ao mesmo tempo em que chorava, Yvonne ria ao ver condenado o primeiro dos acusados da chacina. "Estou aliviada. Foram três anos de angústia, mas valeu a pena." "Foi uma bênção de Deus esta sentença", disse. Antes da sentença, entre um e outro cochilo nos corredores, Yvonne se mostrava pessimista. "Aposto que ele vai pegar, no máximo, 18 anos." Durante o julgamento, Yvonne se irritou com a defesa, que tentava desacreditar a principal testemunha, Wagner dos Santos, e com a acusação, que achou branda. "O resultado mostra que a gente está acabando com a impunidade no Brasil", afirmou ela. (CM) Texto Anterior: Réu não demonstra emoção com sentença Próximo Texto: Prisão máxima é de 30 anos Índice |
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