São Paulo, quarta-feira, 1 de maio de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Hizbollah ataca zona ocupada por Israel

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Guerrilheiros do Hizbollah bombardearam ontem postos militares de Israel na região ocupada pelo país no sul do Líbano.
É o primeiro confronto desde a assinatura do cessar-fogo que entrou em vigor no último sábado e encerrou a ofensiva israelense de 17 dias contra o sul do Líbano.
Foram atacados postos do Exército do Sul do Líbano, milícia leal a Israel que opera na zona ocupada. Os milicianos responderam ao fogo, mas não houve vítimas.
O confronto de ontem não representa violação da trégua. O acordo proíbe ataques à população civil de ambos os lados, mas não impede que o Hizbollah (Partido de Deus) ataque a zona ocupada.
Qana
Foram enterradas ontem as 102 pessoas que morreram no ataque israelense contra uma base da ONU em Qana, sul do Líbano.
Os caixões, abertos, chegaram em um comboio de ambulâncias. Os corpos, envoltos em tecido branco, eram colocados em compartimentos da sepultura comum por homens que usavam máscaras por causa do estado de decomposição dos cadáveres.
A multidão exibiu faixas e gritou palavras de ordem contra Israel e os Estados Unidos.
O número exato de mortos no ataque é incerto. Oficialmente, o governo contabilizou 102, depois que mais um corpo foi detectado após a recontagem de cadáveres que estavam em um caminhão frigorífico.
Mas alguns foram despedaçados ou ficaram irreconhecíveis, o que impossibilitou a identificação.
Os mortos em Qana eram civis que fugiram dos ataques israelenses, buscando refúgio na base.
Israel diz que tentou responder a um ataque do Hizbollah contra seu território, e a base teria sido atingida por engano.

Texto Anterior: Circulação de jornal diminui nos EUA
Próximo Texto: Clinton e Peres assinam acordo
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.