São Paulo, quinta-feira, 2 de maio de 1996 |
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Festa vira ato político neocomunista em Moscou
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Os principais candidatos à Presidência da Rússia nas eleições de 16 de junho usaram as manifestações do Dia do Trabalho como palanque eleitoral para suas campanhas.O líder neocomunista russo Guennadi Ziuganov liderou uma das maiores manifestações no Dia do Trabalho desde a extinção da União Soviética, afirmaram agências russas de notícias. Entre 20 mil e 50 mil pessoas se reuniram em frente à estátua do líder soviético Vladimir Lênin, em Moscou, para ouvir Ziuganov. Em outro ponto da capital russa, o presidente russo, Boris Ieltsin participou de uma manifestação com cerca de 5.000 pessoas. "Não há estabilidade neste país", disse Ziuganov para uma multidão com bandeiras vermelhas da ex-URSS e retratos de Lênin, que pedia a volta do comunismo. Os manifestantes neocomunistas marcharam pelas ruas de Moscou. O trajeto foi acompanhado por diversos policiais. Foi registrado apenas um incidente entre comunistas e um grupo de seguidores do ex-presidente soviético Mikhail Gorbatchov. Segundo os pró-Gorbatchov, os neocomunistas tentaram tomar suas faixas e os agrediram. Ninguém ficou ferido. O neocomunista Guennadi Ziuganov disse para os manifestantes que já tem o apoio da maioria dos russos para se eleger presidente. Ziuganov também alertou que o Kremlin (sede do governo) poderá falsificar votos para encobrir uma possível vitória dos neocomunistas na votação. Ieltsin agradeceu a presença do público na manifestação e dançou com uma russa. Texto Anterior: Alemães protestam contra cortes sociais Próximo Texto: CUBA; VATICANO; POLÔNIA; CHINA; IUGOSLÁVIA; MÉXICO; BELARUS; REINO UNIDO Índice |
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