São Paulo, sexta-feira, 3 de maio de 1996
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Greve deixa cem feridos no Paraguai

Paralisação atinge Itaipu

DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

A polícia reprimiu violentamente manifestações de trabalhadores no primeiro dia da greve geral de 48 horas convocada pelas centrais sindicais do Paraguai. Segundo rádios locais, mais de cem pessoas se feriram, algumas gravemente.
Pelo menos 21 grevistas foram presos, entre eles os principais líderes sindicais do país, Alan Flores, presidente da Central Unitária dos Trabalhadores, e Eduardo Ojeda, secretário-geral da Central Nacional de Trabalhadores. Eles foram liberados no início da noite.
Entre as reivindicações dos grevistas estão 31% de aumento para trabalhadores do setor privado, melhorias na seguridade social e um plebiscito sobre privatizações.
Cerca de 5.000 pessoas fizeram uma manifestação na praça da Democracia, no centro de Assunção.
Soldados da polícia antimotim e da cavalaria reprimiram violentamente o protesto.
Os manifestantes responderam atirando pedras. Entre os feridos estão uma estudante de 17 anos, que continuava inconsciente até a noite de ontem, e uma mulher que foi golpeada na coluna vertebral.
Itaipu
Funcionários da usina de Itaipu ameaçavam cortar a energia do país caso os dois líderes sindicais não fossem libertados.
Segundo a assessoria de imprensa da hidrelétrica, as turbinas funcionaram normalmente ontem.
Ontem, os funcionários da direção paraguaia de Itaipu mantiveram os serviços essenciais na hidrelétrica. Do lado brasileiro não houve paralisação e a direção da usina afirmou que não havia risco de blecaute.
A produção de oito das turbinas paraguaias de Itaipu é consumida pelo Brasil, o que provocaria desabastecimento nas regiões Sul e Sudeste em caso de paralisação no fornecimento em lado paraguaio.

Colaborou a Agência Folha, em Londrina

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