São Paulo, segunda-feira, 6 de maio de 1996
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Shell e Sharp dão prêmios

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A marca Shell é mais do que conhecida. A empresa Shell tem lugar de destaque no setor (estima suprir 23% do consumo de combustível). Mas isso não é suficiente para projetar imagem positiva.
Para tanto, a multinacional premia compositores há 16 anos e equipes de teatro há oito.
As duas premiações, que levam o nome da empresa -Prêmio Shell de Música e Prêmio Shell de Teatro-, custam para a empresa R$ 350 mil por ano, diz João Madeira, gerente de projetos culturais.
Aura de simpatia
A Shell gasta bem mais do que isso -cerca de R$ 2,5 milhões por ano- em uma série de eventos ligados à cultura. "É para cuidar da imagem e mostrar ao público que temos responsabilidade social."
A Sharp, que há nove anos promove o Prêmio Sharp de Música e há dois anos o Prêmio Sharp de Teatro, pretende neste ano criar também o Prêmio de Cinema. Nos dois primeiros, a empresa gasta cerca de R$ 1 milhão por ano.
"Não vendemos mais televisores por causa desses eventos. Mas não há dúvida que eles criam uma aura de simpatia em torno da marca", diz José Maurício Machline, membro do conselho de administração da Sharp.
A Nestlé já promove há 12 anos um concurso literário que propiciou a edição de 55 livros.
Além disso, patrocina peças de teatro, lançamentos de livros e desenvolve projetos especiais -como a biblioteca Nescau de Literatura Infanto-Juvenil e o Festival Nestlé de Bandas Musicais.
A Gessy Lever promove há anos concertos para destacar a sua marca Vinólia, presente em sabonetes, desodorantes e colônias.
Ronald Rodrigues, diretor de assuntos corporativos, diz que a Gessy traz para o Brasil orquestras famosas para atender um público mais sofisticado. "É que a linha Vinólia atende o consumidor de maior poder aquisitivo."
Associação favorável
A GM investe em projetos culturais há mais de dez anos. A empresa financia a edição de livros, apóia casas de espetáculos e patrocina shows.
Para Luiz Cezar Fanfa, gerente de comunicação social da GM, a empresa expõe o produto -no caso, o carro- a uma situação favorável ao associar a marca a um espetáculo de prestígio. É o caso do "Fantasma da Ópera", que vai patrocinar.
(FF)

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