São Paulo, terça-feira, 7 de maio de 1996
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Vidente prevê final da história

PEDRO ALEXANDRE SANCHEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Elias Luiz Bispo 4º, 32, que se diz vidente, paranormal e metafísico, demonstrou reações contraditórias em relação ao seu duplo fictício de o fim do mundo, Joãozinho de Dagmar (Paulo Betti).
A postura dele parece prepotente, desnecessariamente pedante", disse, referindo-se à cena em que Joãozinho vê a aura de Gardênia (Bruna Lombardi). "Eu também vejo aura com facilidade", diz.
Bispo criticou o fato de Joãozinho não cobrar consulta e pedir presente aos clientes. "O personagem não está sendo simpático, incorrendo em erros fundamentais", disse Bispo, que cobra pelo menos R$ 100 por consulta.
Ele afirmou privilegiar a ética em seu "Centro Cultural e Esotérico Arthe D'Ser", onde diz atender principalmente empresários e políticos. Ele prevê a possibilidade de um acidente aéreo com FHC em agosto e a vitória de uma mulher para a Prefeitura de São Paulo.
Sua expectativa é, segundo ele, que Joãozinho seja tratado como "ser estranho, anormal". "O que é normal para todo mundo é anormal para o anormal, como é o meu caso", disse.
A possibilidade de que o autor trate o esotérico como um charlatão não o incomoda: "Os bons bruxos são sempre considerados charlatães. Até Cristo foi". Bispo arrisca prever o final da novela: "Ele vai acabar muito mal, porque o mundo certamente não vai acabar. Ele será castigado pela população da cidade".

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