São Paulo, quarta-feira, 8 de maio de 1996 |
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Criadores desistem do puro-inglês
DA REPORTAGEM LOCAL Pressionados pelos custos para manter as éguas em seus haras e "studs", os selecionadores de puro-sangue inglês estão desistindo da criação.Somente nos últimos dias houve duas desistências. Dia 30 de abril, o empresário paulista Darcy Michelotto liquidou seu plantel vendendo 34 animais à média de R$ 7.200. O faturamento total atingiu R$ 246 mil. Michelotto conseguiu R$ 30 mil pela égua Rosita, a estrela de seu leilão. A fêmea foi adquirida pelo "stud" Birigui. Alguns dias antes, outro empresário paulista, Ricardo Lara Vidigal, considerado um dos maiores criadores e proprietários de cavalos de corrida de São Paulo, havia realizado a primeira etapa da liquidação de seu plantel. Vidigal vendeu 45 animais, a maioria em treinamento, ou seja, já correndo, por R$ 433 mil. A média alcançou R$ 9.600. Vidigal colecionou mais de 400 taças com as vitórias de seus cavalos. Venceu três vezes o Grande Prêmio São Paulo, em 78, 83 e 91. "O negócio com cavalos de corrida exige muita dedicação e não tenho mais a energia de 30 anos antes", afirma Vidigal, 69. Vidigal diz que vários criadores de puro-sangue inglês conhecidos nas raias, como o paulista Sergio Magiore, iniciaram no turfe comprando seus animais. "Magiore comprou Kigrande, vencedor de importantes provas clássicas. Depois, reconhecidamente, ele deu o nome do velocista a seu haras", diz Vidigal. As próximas etapas da liquidação de Ricardo Lara Vidigal ocorrem nos próximos dias 21 e 22 deste mês no Jóquei Clube de São Paulo. Ele vai apresentar 110 animais para negócio. São 60 éguas prenhas, duas éguas prenhas com potro ao pé, 49 potros e potrancas recém-desmamados, além dos seus garanhões. Texto Anterior: A nova corrente do trigo Próximo Texto: Estampa da Terra Boa é a vaca campeã Índice |
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