São Paulo, quarta-feira, 8 de maio de 1996
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Jura de amor; Guerra à vista; Jogo solitário; Cena paulistana; Drible eleitoral; Novela mexicana; Antitucano; Bom mineiro; Afinando a orquestra; Na boca do forno; Óbvio ululante; Limpeza geral; Barreira permanente; Fundo de gaveta; Cara a cara; Aliança revolucionária; Marcando presença

Jura de amor
O PSDB vai pedir a FHC que dê um apoio diferenciado aos candidatos do partido na eleição municipal. A direção tucana sabe que o presidente precisa administra a aliança, mas teme ser engolida por outras legendas.

Guerra à vista
Os tucanos querem que o presidente diga algo como: "O meu partido na eleição é o PSDB." As outras legendas da base do governo, especialmente o PFL (aliado desde 1994), vão pedir neutralidade ao Planalto.

Jogo solitário
O PSDB jogou a toalha em relação à recente reforma ministerial. A estratégia é crescer nas eleições municipais para forçar o governo a ter uma face mais tucana, com uma nova reforma.

Cena paulistana
Mercadante interrompeu abruptamente sua reunião anteontem com o deputado Rui Falcão sobre a vice-candidatura do PT na eleição paulistana. Tentaram roubar seu carro.

Drible eleitoral
Maluf pode se licenciar do cargo para entrar na campanha eleitoral. É a fórmula em estudo para contornar as regras eleitorais e a falta de apelo público de Celso Pitta, seu provável candidato.

Novela mexicana
Os 41 diretórios do PSDB de São Paulo estão consultando as bases para levar à cúpula um nome que possa disputar a prefeitura. Ao pressionar Serra, que não quer, os caciques desvalorizam os demais pré-candidatos.

Antitucano
O presidente do PMDB, Paes de Andrade, quer vetar a coligação com os tucanos no Rio de Janeiro -que é defendida pela executiva local do partido. O candidato do PMDB, Albano Reis, está melhor nas pesquisas.

Bom mineiro
Olavo Drummond, ex-ministro do TCU, deve ser o candidato tucano a prefeito de Araxá (MG). Conseguiu a proeza de unir no mesmo palanque Sérgio Motta e Pimenta da Veiga.

Afinando a orquestra
Amin propôs a FHC e Luiz Carlos Santos reunião dos partidos aliados para criar um "plano de trabalho legislativo" até agosto. Santos acha a idéia boa. Amin queria amanhã, mas o encontro deve ser semana que vem.

Na boca do forno
Assim que se resolver a reforma da Previdência, os governistas colocarão em votação o projeto que limita os destaques de votação em separado. O projeto (60A de 95) já está pronto.

Óbvio ululante
Os líderes governistas recomendam ao Planalto que a pauta no Congresso seja enxugada. É muito assunto com pouco tempo para votar. O governo não admite, mas pedirá convocação extraordinária em julho.

Limpeza geral
Os tucanos podem começar a se preocupar. Dornelles levará pepebistas para o Ministério da Indústria e Comércio. "É inevitável mexer. Ou o PSDB acha que a gente só queria a cadeira?", ironiza um líder do PPB.

Barreira permanente
A disposição do Senado de limitar o uso de MPs deve esbarrar no presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA). Há oito meses, ele segura as iniciativas nesse sentido.

Fundo de gaveta
A CCJ da Câmara pediu a Luís Eduardo em setembro de 95 a criação de comissão especial para analisar nove projetos que limitam o uso de MPs. Até agora, não obteve nenhuma resposta.

Cara a cara
Ruth Cardoso é um obstáculo ao exercício da crítica no Comunidade Solidária. Ela incentiva o debate, mas há conselheiros que se intimidam com sua presença.

Aliança revolucionária
Coerente com sua linha política, a Força Sindical está mais próxima de uma manifestação com a Fiesp, pelas reformas já, do que de uma greve com a CUT.

Marcando presença
A Confederação Nacional dos Bancários entrega hoje a Sarney abaixo-assinado por 60.000 pessoas pedindo a CPI dos Bancos.

TIROTEIO
De José Genoino (PT-SP), comentando a estréia da nova articulação política do governo:
- Foi uma operação velha, sem novidades. O governo não precisa de conchavos. Precisa de definição política. Trocaram seis por meia dúzia.

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