São Paulo, quarta-feira, 8 de maio de 1996 |
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PSDB se diz excluído do governo FHC Bancada faz críticas DENISE MADUEÑO
"Queremos ser respeitados como um partido, mais que uma bancada de apoio", disse o secretário-geral do PSDB, deputado Arthur Virgílio Neto (AM). O deputado João Leão (PSDB-BA) criticou a própria atuação do governo. "Não há comando. Os órgãos estão parados sob alegação de que não têm dinheiro ou por falta de política para o setor", disse. Ele reclamou que o governo não fez ainda a reforma tributária e adota políticas imediatistas. "Ficou um ano e meio sem política agrária e, agora, quer resolver em um mês, depois do episódio dos sem-terra no Pará", afirmou João Leão para exemplificar. Excluídos Na reunião, os deputados tucanos reivindicaram maior participação na política do governo, mas, segundo relato dos próprios participantes, não se falou em cargos. "A bancada quer ser mais ouvida, ser mais informada", afirmou Virgílio Neto. A causa imediata da insatisfação foi a criação do Ministério Extraordinário para Coordenação de Assuntos Políticos, que ficou com o deputado Luiz Carlos Santos (PMDB-SP). Os tucanos lembram ainda que as lideranças do governo na Câmara e no Senado são do PFL, e as relatorias dos projetos são alternadas entre parlamentares do PFL e do PMDB. "Queremos ser ouvidos preliminarmente nas matérias, já que estamos excluídos no processo", disse o vice-líder do PSDB, Ubiratan Aguiar (CE). O líder do PSDB, José Aníbal (SP), negou que a bancada esteja insatisfeita com o presidente. "A bancada reafirmou que é o momento de uma afirmação partidária maior", disse. Arnaldo Madeira (PSDB-SP), vice-líder do governo, classificou a reunião de "madura". Segundo ele, a avaliação feita ontem mostrou que o partido foi golpeado com a mudança feita por FHC. Texto Anterior: Além do que aparece Próximo Texto: Bornhausen aceita posto em Portugal Índice |
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