São Paulo, quarta-feira, 8 de maio de 1996
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Empresários querem reajuste

DA REPORTAGEM LOCAL

Para o presidente do Transurb, o sindicato das empresas de ônibus, Maurício Lourenço da Cunha, o aumento da passagem para R$ 0,80 é insuficiente para cobrir os custos das empresas.
"Em abril, nós fomos ao prefeito e mostramos que o custo real da passagem já estava em R$ 0,80 por passageiro transportado. Com o aumento salarial que será dado aos motoristas, este valor vai aumentar ainda mais", afirmou.
Segundo Cunha, seu sindicato desconhece qual é o aumento que deve ser aplicado à tarifa dos ônibus na capital. "É necessário o fim das negociações com os motoristas e cobradores para sabermos qual será o reajuste necessário", disse.
O último aumento de tarifa em São Paulo aconteceu em junho de 95. Ela passou de R$ 0,50 para os atuais R$ 0,65, o que representa uma variação de 30%.
A inflação acumulada pelo IPC-r (Índice de Preços ao Consumidor do Real) entre julho de 94, quando havia acontecido o último aumento, e maio de 95, foi de 32,9%.
O prefeito Paulo Maluf negociou a liberação de recursos por parte do governo federal para São Paulo em troca de um aumento de tarifa menor do que o exigido pelas empresas.
O objetivo do governo federal com o acordo foi evitar o impacto negativo da nova tarifa sobre a inflação. Mesmo assim, houve um aumento na inflação de 0,94 ponto percentual, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Com a negociação, o prefeito Maluf conseguiu verbas federais para o projeto Cingapura, para os corredores exclusivos de ônibus e facilidades na renegociação da dívida do município.

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