São Paulo, quarta-feira, 8 de maio de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ministério assina acordo com Exército

Cooperação inclui pesquisa com recruta

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Exército fechou ontem um acordo de cooperação com o PN-DST/Aids (Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids).
O acordo definiu quatro áreas cooperação e é o primeiro a unir uma força militar com o Ministério da Saúde no estudo e combate da síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids).
O ponto principal do acordo -que será colocado em prática imediatamente- é a realização de um diagnóstico epidemiológico da Aids entre os recrutas que começam a ser selecionados em julho próximo.
"Isso significa um campo de pesquisa de cerca de 750 mil jovens, com idade média de 21 anos. A partir dos dados pesquisados nesse contingente nós podemos tirar muitas conclusões em relação à sociedade como um todo nessa faixa de idade", disse Lair Guerra de Macedo, coordenadora do programa anti-Aids do Ministério da Saúde.
A pesquisa com os recrutas vai exigir a elaboração de um questionário, que vai tratar também de outras doenças sexualmente transmissíveis e deve ficar pronto no próximo dia 20.
Nesse dia, Exército e Ministério da Saúde voltam a se reunir.
Integração
As outras três áreas de colaboração entre a DST/Aids e o Exército prevêm a implantação de um programa de educação e saúde, atividades de assistência e a integração dos institutos científicos militares às redes nacionais e estrangeiras de pesquisa e informação.
Um instituto de ciências biológicas do Exército, no Rio, por exemplo, vai integrar a rede de isolamento e caracterização do vírus HIV.
Integrará também a rede mundial que monitora a resistência da bactéria gonococo -causadora da gonorréia- à penicilina.
Marinha
Amanhã, a DST/Aids deve fechar um acordo de cooperação com a Marinha nos mesmos moldes do que foi acertado ontem com o Exército. "Antes tarde do que nunca. Nós tivemos um primeiro contato em 87 e, depois, tudo parou. Mas agora temos perspectivas de cooperação muito boas", afirmou ontem Lair Guerra.

Texto Anterior: CNBB vê desafio à igreja
Próximo Texto: Nova vacinação não registra reações
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.