São Paulo, quarta-feira, 8 de maio de 1996
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"Não há razão", diz Paiva

DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro do Trabalho, Paulo Paiva, disse ontem que não há "ambiente, condições objetivas nem razão" para a greve geral da CUT.
"Na negociação, podemos conseguir avanços", afirmou, em São Paulo, após participar de seminário na PUC promovido pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT.
Paiva reconheceu que o reajuste de 12% no salário mínimo em maio, uma das razões para a greve da CUT, não foi negociado com a sociedade.
"O salário mínimo é referência fiscal e não é objeto de negociação", disse o ministro.
Ele classificou de "demagógico e populista" o projeto do deputado Paulo Paim (PT-RS), que prevê mínimo de R$ 180.
"Ele inviabiliza as contas da Previdência, Estados e municípios. Não se deve fazer populismo com o sofrimento da população brasileira", disse.
Paiva afirmou que o salário mínimo teve aumento real (acima da inflação) desde o início do Plano Real e que são necessários ações coordenadas para combater o desemprego.
Pela manhã, o ministro se encontrou com o governador do Estado de São Paulo, Mario Covas. Eles assinaram convênio que transfere R$ 14 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para programas contra o desemprego.

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