São Paulo, quarta-feira, 8 de maio de 1996 |
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'Cover' do táxi do Gugu derrapa
MAURICIO STYCER
Em apenas 50 minutos, ele devolveu US$ 5.000 deixados por um empresário em seu carro, trocou Florianópolis por São Paulo, chamou uma passageira de "vovó", foi assaltado e levou uma menina que tentou o suicídio em seu carro. Os problemas de iluminação e som dentro do táxi dirigido por Antonio Alves lembram o táxi do Gugu, também frequentado por atores e exibido no mesmo SBT. Fábio Jr., como Antonio Alves, talvez não tenha conseguido tirar o sorriso dos lábios por causa do texto bobo que foi obrigado a dizer. "Esquentando o traseirão aqui (em Florianópolis), nunca vou ser dono do meu táxi", diz à irmã, Amélia. "Se o senhor soubesse como sinto falta de um pai de novo...", diz ao patrão, Humberto. Produzida na Argentina, a novela abusa de uma espécie de didatismo para surdos. Para enfatizar que a família do taxista recebeu uma carta, um plano inútil mostra um carteiro entregando a correspondência na casa dos Alves. Em outra passagem incrível, Antonio está num botequim quando toca o telefone. Como não há ninguém no balcão (economia de figurantes?), ele próprio atende o aparelho -e a ligação era para ele! Texto Anterior: Faltou criatividade e ousadia Próximo Texto: Professorinha Helena ressuscita Índice |
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