São Paulo, sexta-feira, 10 de maio de 1996
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Diretores assumiram controle de Brasília Sul

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Seis dos nove diretores do Sinergia-DF (Sindicato dos Empregados em Empresas de Energia Elétrica no DF) invadiram ontem a subestação Brasília Sul da empresa Furnas Centrais Elétricas, que distribui energia para a capital.
A subestação fica na cidade-satélite de Samambaia, a 35 quilômetros do Plano Piloto, e foi invadida às 8h. Os sindicalistas fecharam os portões de acesso à subestação e assumiram o controle das duas chaves de 345 quilovolts -que representa 97% da energia consumida na cidade.
Desligadas as chaves, só a Esplanada dos Ministérios e a praça dos Três Poderes, onde ficam as sedes do Executivo (Palácio do Planalto), do Judiciário (Supremo Tribunal Federal) e do Legislativo (Congresso Nacional) não seriam atingidas pelo blecaute -o resto da população ficaria às escuras.
O centro do Poder é abastecido por uma subestação menor, a do Paranoá. A maioria dos prédios públicos e o Palácio da Alvorada têm geradores próprios.
Negociações
Às 19h, Furnas já tinha conseguido com o juiz Arlindo mendes Oliveira Filho, da 4ª Vara Cível da Justiça Federal, um mandado de reintegração de posse da subestação de Samambaia.
Um oficial da Justiça chegou a Samambaia com o mandado, entrou na subestação negociou com os sindicalistas. A invasão terminou por volta das 20h.
Pela manhã, duas horas depois invasão, a direção de Furnas encaminhou aos sindicalistas uma ordem para que abandonassem a subestação.
"Se for usada a violência policial podemos virar as chaves e deixar tudo às escuras", disse Mauro Martinelli, um dos diretores-executivos do Sinergia que participa da invasão.
Os sindicalistas chegaram a telefonar para o Palácio do Buriti, sede do governo do DF, para falar com o governador Cristovam Buarque. Disseram à sua assesoria que não provocariam incidentes e pediram para que não houvesse violência.
Invadiram a subestação os sindicalistas: Jeová Pereira, Ernani Lima, Rivaldo de Alcântara, Mauro Martinelli, Paulo Tadeu e Marcelo Alencar.

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