São Paulo, sexta-feira, 10 de maio de 1996 |
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"Bonequinha" provoca histeria de estilo
ERIKA PALOMINO
Na época de seu lançamento, em 61, "Bonequinha de Luxo" detonou histeria de estilo sem precedentes. Todos queriam ser como Hepburn e sua Holly Golightly; seus clones pipocavam. Como na velha piada da venda de cavalo por causa do anúncio do Marlboro, viraram mania entre as moças de então até os gatos com pêlo cor-de-laranja como o sem-nome da história. Os figurinos do estilista francês Givenchy para Hepburn a cercavam por uma aura de feminilidade e refinamento. Junto à sensação comum à atriz e à personagem de se estar diante de uma mulher ímpar, especial mesmo. Assim, a influência de "Bonequinha de Luxo" invadiu não apenas os guarda-roupas das mulheres mas também determinou novos padrões da imagem feminina. Holly-Hepburn é jovial, fresca, alegre, magra, liberada. O revival dos valores estéticos representados por essa imagem no último ano dentro do chamado planeta fashion -o tipo gamine, as cinturas marcadas, comprimentos pelo joelho, estruturas limpas, os clássicos pretinhos, os sapatos e até os cabelos manchados- era o carimbo que faltava no passaporte da atualidade do filme. O autor da história, o escritor Truman Capote (o livro foi lançado no Brasil pela L&PM) queria Marilyn Monroe para o papel. E o final original também foi mudado, para satisfazer aos desejos de Hollywood por "happy endings". Quer saber? Ainda bem mesmo. São imagens inesquecíveis as entradas de Holly no prédio; suas visitas a Sing Sing; suas festas barulhentas; seus passeios por NY em meio a frases de efeito espirituosas. Nunca houve uma mulher como Holly. Nem mesmo Hepburn. Texto Anterior: Internet é um espaço para manifestação de taras Próximo Texto: Holly continua uma garota atual Índice |
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