São Paulo, sábado, 11 de maio de 1996 |
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Tucanos querem acordo com PPB
DENISE MADUEÑO
Sem acordo, a votação do projeto foi adiada por duas vezes. Uma proposta alternativa está sendo negociada e estabelece por mais cinco anos a obrigatoriedade de que 51% do capital das empresas que exploram a telefonia celular seja nacional. O PFL quer o fim de qualquer restrição à entrada de empresas estrangeiras no país. O projeto deverá ser votado na terça-feira. Originalmente, o governo queria manter a exigência de que 51% do capital das empresas fosse nacional, mas esbarrou nas resistências em sua base de sustentação. Se a proposta alternativa prevalecer, o PFL, aparentemente isolado agora, conquistará o que quer dentro de cinco anos. Os tucanos acusaram o PFL de golpe porque o relator, deputado Arolde de Oliveira (PFL-RJ), modificou o projeto sem consultar o partido aliado, retirando, inclusive, poderes do ministro Sérgio Motta (Comunicações). O líder do PPB, Odelmo Leão (MG), vai reunir a bancada na próxima terça-feira para definir a posição oficial do partido. "A proposta facilita a votação", afirmou o deputado. O líder do governo na Câmara, Benito Gama (PFL-BA), afirmou que a proposta alternativa tem apoio de parte do PMDB, do PPB e do PSDB. "A abertura de mercado é uma questão do programa do PFL. O partido não concorda com a alternativa", disse Benito. A resistência no Congresso, no entanto, levou o governo a concordar com o fim da restrição depois de cinco anos. Ontem, Benito procurou minimizar o atrito entre o PSDB e o PFL. Segundo ele, a questão é de divergência sobre o conteúdo da proposta. A postura do partido será responder e enfatizar sua posição, mesmo que isso provoque tensão na base de apoio do governo. Texto Anterior: FHC libera voto na disputa da telefonia Próximo Texto: Deputados fizeram indicações na Previdência Índice |
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