São Paulo, sábado, 11 de maio de 1996
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Deputados fizeram indicações na Previdência

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Previdência Social, Reinhold Stephanes, usou os cargos de superintendentes do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) nos Estados para reforçar a base de apoio parlamentar do governo no Congresso.
A maioria dos atuais superintendentes foi indicada por deputados e senadores. "Houve uma composição política", diz o ministro.
Segundo ele, todos os indicados preenchem os requisitos técnicos para o cargo e, depois de indicados pelo ministério, foram nomeados pelo Palácio do Planalto.
Levantamento feito pela Folha mostra que 18 dos 27 superintendentes foram indicados por parlamentares governistas.
Stephanes disse que quem foi indicado e não se mostrou competente foi trocado.
A indicação de políticos para o INSS com aval do Palácio do Planalto provocou ontem boatos da saída de Stephanes do governo.
Ele negou que tenha pedido ou pense em pedir demissão do cargo, apesar de não ter participado, na última quinta-feira, de reunião com o presidente Fernando Henrique Cardoso para discutir a tramitação da reforma da Previdência.
Em entrevista publicada no jornal "Correio Braziliense", na quinta-feira, Stephanes chegou a dizer que a responsabilidade pelas nomeações dos superintendentes é do secretário-geral da Presidência da República, Eduardo Jorge.
Seis deputados entrevistados ontem pela Folha confirmaram que fizeram indicações.

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