São Paulo, domingo, 12 de maio de 1996 |
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Programa reduz mortalidade infantil, cáries e Aids em Santos
MARCUS FERNANDES
Houve uma queda na incidência de Aids, diminuição na ocorrência de cáries em crianças e redução no índice de mortalidade infantil. Os dados, fornecidos pelo município, são corroborados pelo Ministério da Saúde, pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e por universidades nacionais e estrangeiras. As transformações começaram em 1989, quando o PT assumiu a prefeitura. A partir daí o município foi sendo dotado de uma rede de serviços que hoje inclui 22 policlínicas, três prontos-socorros, dois ambulatórios para 25 especialidades e um hospital materno-infantil. Além deles, programas específicos para gestantes em situação de risco, reabilitação de crianças, saúde do trabalhador, reabilitação profissional e internação domiciliar são desenvolvidos em Santos. Doentes mentais Em abril, a Universidade de Boston (EUA) considerou o trabalho de reabilitação de doentes mentais no município como um dos melhores do mundo. O programa consiste na formação de uma cooperativa pelos pacientes, que prestam serviços à comunidade. Entre outros serviços, eles trabalham separando o lixo reciclável coletado na cidade, na manutenção de praças e jardins adotadas pela iniciativa privada e no cultivo e venda de mudas de plantas. Aids As medidas de combates à Aids (como a criação de uma unidade para atender prostitutas) resultaram, em 1995, em uma queda de 16,35% no número de infectados pelo vírus da doença. É a primeira diminuição que ocorre no Brasil, desde 1985. Dados divulgados pelo Ministério da Fazenda em dezembro passado mostraram que a cidade campeã em portadores do vírus HIV é Itajaí (SC), com 487,7 portadores para cada 100 mil habitantes. Santos está em segundo lugar: 432,4 para cada 100 mil. Na área da saúde bucal, Santos alcançou este ano um índice médio de 1,7 dente avariado (cariado, extraído ou obturado) em jovens de 12 anos (idade considerada como referência pela OMS). No Brasil o índice médio, nessa faixa de idade, é de 6,7 dentes avariados por criança. Para o secretário municipal de Saúde, Cláudio Maierovitch, os resultados alcançados se devem, entre outros fatores, a um aumento progressivo na verba municipal destinada ao setor. Os recursos para saúde pularam de 5,28% do orçamento em 1988 para 10,75% até alcançar hoje 28,48%, segundo ele. Texto Anterior: Angatuba 'importa' médico e enfermeiro cubanos Próximo Texto: Palmas para Tocantins! Índice |
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