São Paulo, domingo, 12 de maio de 1996
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EUA lideram investimentos

MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

A maior parte do dinheiro que vem de fora para as Bolsas tem origem nos Estados Unidos, nos bilionários fundos de pensão.
É um dinheiro arisco, que pode sair ao menor sinal de mau humor dos administradores em relação às reformas econômicas pós-Real, observa Rubens Marçal, diretor da consultoria financeira Lafis.
"O dinheiro norte-americano representa uns 80% a 85% do que é enviado ao Brasil. Ao contrário investidores europeus e asiáticos, os norte-americanos são mais imediatistas e suscetíveis às más notícias no front econômico", diz.
Mais otimista, Pedro Guerra, diretor do Citibank, acha que os investimentos têm vindo para ficar por prazos longos.
"Os estrangeiros são otimistas com o país, tanto é que eles têm mantido suas carteiras em torno de R$ 20 bilhões e sua participação em 30% do volume da Bovespa. Mas os poucos que saem causam estragos nas cotações", diz Guerra.
João Geraldo Ribeiro Filho, diretor do Banco de Boston, avalia que o ambiente para novos investimentos é favorável, apesar das expectativas de paralisia do Congresso Nacional no final do ano.
"Para os investimentos externos ficarem, basta oferecermos a expectativa de que as transformações econômicas continuarão a ocorrer após as eleições deste ano." (MG)

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