São Paulo, domingo, 12 de maio de 1996
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EM BUSCA DA PERFEIÇÃO

RUBENS LEME DA COSTA

O Palmeiras está buscando aquilo que, no futebol, é considerado impossível: a perfeição.
Os números da campanha palmeirense no Campeonato Paulista comprovam essa tentativa.
Até o dia 5 de maio, quando empatou com o Corinthians por 2 a 2, foram 23 jogos, com 21 vitórias e 2 empates. O ataque fez 89 gols, e a defesa sofreu 16. O time conseguiu 65 dos 69 pontos em disputa (94,2%), índice inatingível até para o poderoso Santos de Pelé (92,3% em 1961).
Computados os amistosos, Campeonato Paulista e Copa do Brasil, a equipe fez 113 gols em 29 jogos, entre janeiro e abril (média de 3,89 por jogo).
O Palmeiras pode conquistar antecipadamente o título paulista caso vença também o segundo turno, "dispensando", neste caso, o quadrangular final.
O time busca também superar a barreira dos cem gols em um mesmo torneio.
A última vez que o Palmeiras conseguiu essa façanha foi em 1959, quando se sagrou campeão paulista. O recorde pertence ao Santos, que, naquele mesmo campeonato, fez 155 gols.
Algumas diferenças entre o Palmeiras e as demais equipes que disputam o Paulista, até a oitava rodada deste segundo turno:
1) Sem o Palmeiras, a média de gols do campeonato baixaria de 3,10 para 3,01.
2) O saldo de gols da equipe (73) é maior do que a soma dos saldos de Portuguesa (20), São Paulo (9), Corinthians (22), Santos (9) e Mogi Mirim (6), os concorrentes mais próximos, que, juntos, têm 66.
3) A dupla de ataque palmeirense, Luizão e Muller, marcou, 32 gols, mais do que oito equipes inteiras no campeonato.
4) Muller, Cafu e Djalminha e Rivaldo dão 4,1 assistências por jogo, número superior às equipes do Corinthians (4), São Paulo (3) e Santos (2). Assistência é o passe que resulta em conclusões ao gol para a equipe.
5) Djalminha, Luizão e Rivaldo finalizam com correção ao gol, somados, 6,9 vezes -mais do que 12 equipes no campeonato.
6) O zagueiro Cléber, com seis gols, marcou mais do que atacantes como Jamelli e Macedo, do Santos, Leonardo, do Corinthians, e Tico, da Portuguesa.

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