São Paulo, terça-feira, 14 de maio de 1996
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Delegado pediu prêmio

GEORGE ALONSO
DA REPORTAGEM LOCAL

O delegado Ivair Freitas Garcia, do Dops (Departamento Estadual de Ordem Política e Social) pediu, em relatório de 9 de novembro de 1969, a premiação para 43 dos policiais que participaram da operação que resultou na morte do guerrilheiro Carlos Marighella.
Esse é outro documento que consta do dossiê feito pela família de Marighella para reabrir o caso.
O relatório é usado como outro argumento de que a intenção era matar o guerrilheiro e não prendê-lo.
O pedido destaca o trabalho dos delegados Rubens Cardoso de Mello Tucunduva ("que comandou a operação"), Francisco Guimarães do Nascimento ("responsável pelas comunicações e alto padrão técnico do serviço") e Sérgio Paranhos Fleury ("que o executou").
Mas o delegado Garcia afirma que outros policiais tiveram trabalho contínuo nas 72 horas que precederam o cerco a Marighella.
Elogia atividades feitas desde 24 de setembro de 1969, quando foram presos integrantes da ALN (Ação Libertadora Nacional).
Para ele, o empenho e a "bravura" desses policiais proporcionaram "à polícia paulista extraordinário feito de repercussão internacional" e que "todos sejam premiados pela ação meritória".

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