São Paulo, terça-feira, 14 de maio de 1996![]() |
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Estudo conjuga foto e antropologia
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
Achutti, que se tornou mestre em antropologia social, recebeu "A" da banca examinadora. Fotógrafo free-lance de revistas e jornais, entre os quais a Folha, Achutti apresentou cem páginas de texto e cem páginas de fotos em sua dissertação, intitulada "Fotoetnografia: um Estudo de Antropologia Visual sobre Cotidiano, Lixo e Trabalho em uma Vila Popular na Cidade de Porto Alegre". Bolsista por dois anos do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e professor de fotografia do Instituto de Artes da UFRGS, Achutti disse que a fotografia deve ser vista como "um texto visual tão importante quanto o escrito". Achutti, fotógrafo há 20 anos, disse que a utilização da fotografia "não é uma tradição" na antropologia. As exceções "lançaram mão da fotografia como ilustração, enfeite, como prova de que estiveram em determinado lugar". Segundo Luiz Eduardo Achutti, a fotografia deve ser usada na antropologia como elemento de narrativa, para "contar a vida do outro". "O mundo da virtualidade está nos impondo um novo treino ao olhar. Logo uma tese será apresentada em CD. A imagem, fixa e em movimento, terá papel importante." A fotoetnografia, termo que Achutti diz ter inventado, é uma tentativa de "articular a construção de imagens fotográficas com a perspectiva do pensamento antropológico". Texto Anterior: Avaliação de rendimento escolar Próximo Texto: Congresso começa hoje em São Paulo Índice |
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