São Paulo, terça-feira, 14 de maio de 1996
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Para diretor, é um caso isolado

RUBENS VALENTE
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ

O diretor-geral de Polícia Civil, Dalton Lélis Raffa, disse ontem que não acredita na hipótese de que haja um grupo de extermínio em ação em Cuiabá.
"Houve um caso isolado", disse Raffa, referindo-se ao sequestro de quatro adolescentes no bairro Tijucal. Segundo ele, se houver comprovação da participação de mais policiais no caso, eles responderão a processos "administrativos e criminais".
O diretor do Departamento de Inteligência, Luiz Carlos Lopes, disse que "todas" as hipóteses estão sendo averiguadas, inclusive a de que comerciantes da região do Tijucal, incomodados com furtos, teriam "encomendado" o sequestro e morte dos adolescentes.
Dossiê
Na audiência realizada com as entidades de direitos humanos na quinta-feira, os secretários de Estado de Justiça, Hermes de Abreu, e de Segurança, Aldemar Guirra, disseram precisar do apoio delas para coibir os casos de violência contra adolescentes acusados de pequenos delitos no Estado.
O dossiê das entidades aponta 14 assassinatos de adolescentes nos últimos três anos, em Cuiabá -só dois foram julgados.
O caso de maior repercussão é o de Mauro Solano, 16, morto em 93 durante uma sessão de tortura no rio Cuiabá. Dois policiais civis foram condenados pelo crime em 95, mas as penas já estavam prescritas e eles foram soltos. (RV)

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