São Paulo, terça-feira, 14 de maio de 1996
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Renault acelera a privatização

LUIZ ANTÔNIO RYFF
DE PARIS

O governo francês deu ontem um passo importante no processo de privatização da fábrica de automóveis Renault, anunciando que, nas próximas semanas, colocará à venda 6% da ações do grupo em seu poder.
Dessa forma, o Estado perde o controle acionário da empresa, embora continue o acionista majoritário, com cerca de 46% das ações.
Com a colocação das ações no mercado, o governo consolida o programa de privatização da Renault, que teve seu capital aberto em novembro de 1994.
A venda das ações deve gerar 2 bilhões de francos para o governo francês (cerca de R$ 400 milhões).
"É uma boa decisão. A empresa será mais autônoma, mais responsável e poderá enfrentar melhor a concorrência do mercado", afirmou o presidente da Renault, Louis Schweitzer.
Uma publicidade a ser veiculada na televisão francesa já foi feita.
"A quem, além de você, que se importa tanto com o conforto de seu carro, poderíamos confiar o destino da Renault?", pergunta a publicidade.
O slogan da propaganda é "Renault abre seu capital. Você pode se tornar acionário".
Ontem, na França, o Grupo Lagardre e a British Aerospace anunciaram a fusão de suas atividades no setor de mísseis táticos criando o grupo Matra BAe Dynamics, que será o número um da Europa no setor.
A nova empresa gerará um volume anual de 10 bilhões de francos (cerca de R$ 2 bilhões).
Ela deverá entrar em funcionamento no final do ano, depois que o acordo for formalizado nos respectivos conselhos administrativos e ministérios de Defesa.
A Matra BAe Dynamics é produto da fusão da francesa Matra-Défense, pertencente ao Grupo Lagardre, com a inglesa BAe Dynamics, da British Aerospace.

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