São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 1996
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Fleury e Quércia podem ser beneficiados

LUCAS FIGUEIREDO E JEFFERSON RUDY
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os ex-governadores peemedebistas Luiz Antônio Fleury Filho e Orestes Quércia e os 105 diretores do Banespa que tiveram seus bens arrestados pela Justiça de São Paulo podem ser beneficiados com a provável aprovação pelo Senado da operação de socorro ao banco paulista.
"A partir do momento que é liquidado o motivo da ação (rombo do Banespa), também deixa de existir a causa da ação", disse ontem o último presidente do banco Carlos Augusto Meinberg, que também teve seus bens retidos pela Justiça.
Meinberg e aproximadamente mais cem pessoas fizeram lobby pela aprovação do acordo do Banespa na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos). Terminada a votação, o economista ligou para Fleury para dar a notícia da "vitória".
"Fleury me cumprimentou. Nós nunca abandonamos o banco. Agora o Banespa ficou limpo, ficou puro", afirmou Meinberg.
O economista defende a tese de que são inocentes todos as 107 pessoas que tiveram seus bens arrestados.
"Estão procurando um bode expiatório para colocar a culpa do endividamento do banco."
"Opção nacional"
Segundo Meinberg, o endividamento público que gerou o rombo do Banespa foi uma "opção nacional de desenvolvimento do país".
A tribuna da CAE, reservada à imprensa a ao público, ficou lotada com cerca de cem representantes da Associação dos Gerentes do Banespa, sindicalistas e funcionários do banco.
No final da votação, os manifestantes aplaudiram a decisão dos senadores de aprovar a injeção de R$ 7,5 bilhões no banco com recursos do Tesouro.

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