São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 1996 |
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Vendedor tenta matar 5 membros da família Filho de 2 anos é morto com facão WAGNER OLIVEIRA
Com golpes de facão, o vendedor matou o menino Everaldo, 2, feriu Isaías, seis meses, Alexandro, 11, e a mulher, Maria do Socorro, 36. Outros dois filhos de Silva, Cristina Maria, 7, e André Geraldo, 12, não foram feridos. A menina se escondeu debaixo do beliche. André saiu correndo. Maria do Socorro estava internada em estado grave ontem no Hospital Regional de Osasco (Grande São Paulo). Os dois meninos feridos receberam alta médica. A polícia foi chamada pelos vizinhos, que ouviram os gritos das crianças. O crime revoltou a cidade, que tem 14 mil habitantes. Algumas pessoas da vizinhança tentaram linchar Silva quando ele foi preso. Voz Em depoimento à polícia, o vendedor teria dito que ouvira uma voz orientando que ele assassinasse toda a família. "Era uma pessoa tida como normal na cidade, conhecido. Mas se mostrou assassino frio e cruel", afirmou o investigador Neuri Sebastião. Segundo ele, o vendedor não demonstrou arrependimento pelo crime. Sebastião afirmou que, quando indagado por que não tirou a própria vida em vez de tentar assassinar a família, o vendedor teria dito que "Deus só perdoa quem mata e não quem se suicida". Segundo o investigador, Silva vendia tapetes em Pirapora do Bom Jesus, cidade que tem no turismo religioso sua principal fonte de renda. O vendedor foi transferido para o presídio de Barueri ontem à tarde. A Agência Folha não pôde falar com ele por telefone. Texto Anterior: Interrogatório inicia o 2º processo sobre a chacina Próximo Texto: Família acusa PM de matar ajudante Índice |
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