São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 1996
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CD cativa com melodias fortes

MARISA ADÁN GIL
DA REPORTAGEM LOCAL

Não, ainda não é o sucessor de "Faith", a coletânea de hits instantâneo que abalou o mundo em 87. Mas, já é, fácil um dos melhores discos pop de 1996.
Engana-se quem ainda pensa em George Michael como um cantorzinho descartável metido a besta. A evolução de sua carreira solo e a sua apresentação no Rock in Rio 2, em 1991, trouxeram à tona um cantor maduro, inspirado nos mestres do soul dos anos 60.
"Older" é um CD carregado de canções com gosto de fim de noite. Está mais para "Kissing a Fool" do que para "I Want Your Sex".
Quando envereda pelo jazz, Michael assusta. "To Be Forgiven" é prova de que ele pode ser chato como Sting. Outro conterrâneo é Bryan Ferry, que parece ser o inspirador de "Strangest Thing", a melhor faixa do disco.
Baixo marcado, teclados orientais e produção sofisticada conduzem os versos em tom de súplica.
A melhor performance vocal está em "Older", em que o cantor dialoga com um trompete. Nem tudo é lamento. Há três faixas que clamam por uma pista de dança. A instrumental "Free", "Star People" (espécie de continuação de "Freedom") e "Fast Love" -uma delícia com sua batida disco e equação sexo/diversão/solução.(MAd)

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