São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 1996
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Marco Maciel articula acordo entre líderes do PSDB e do PFL

LUCIO VAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PFL e o PSDB pretendem selar a paz entre seus líderes na Câmara, respectivamente, Inocêncio Oliveira (PE) e José Aníbal (SP), em reunião de cúpula na terça-feira, na casa do vice-presidente, Marco Maciel.
A iniciativa partiu da cúpula do PFL. Maciel e o presidente nacional do partido, Jorge Bornhausen, sentiram que a crise entre os líderes estava afastando os dois partidos e aproximando os tucanos do PMDB.
A primeira consequência foi um início de articulação entre lideranças do PSDB e do PMDB visando à eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, em 97.
Aliado de FHC
Um candidato do PMDB, com o apoio dos tucanos, pode enfrentar Inocêncio.
O PFL também não tem interesse em perder a condição de principal aliado de FHC.
"Essa condição foi obtida nas urnas. Isso não pode mudar por causa de uma crise circunstancial", afirma Inocêncio.
O primeiro a atuar como "bombeiro" na crise foi o presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA). A pedido de FHC, ele ligou para Inocêncio na segunda-feira e recomendou que o líder cessasse os ataques a Aníbal.
Cargos
A briga entre Inocêncio e Aníbal começou quando os tucanos manifestaram insatisfação pela nomeação de Luiz Carlos Santos (PMDB) para o cargo de ministro para Assuntos Políticos.
A cúpula do PFL avalia que os tucanos não assimilaram a perda do controle do loteamento dos cargos de segundo e terceiro escalões.
Essa tarefa passou do secretário-geral da Presidência da República, o tucano Eduardo Jorge, para Santos.

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