São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 1996
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Covas recebe verba de Serra para o metrô

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador Mário Covas e o ministro do Planejamento, José Serra, assinaram ontem contrato para liberação de recursos do governo federal para a retomada de obras do metrô de São Paulo.
Com R$ 527 milhões de investimento, as obras serão beneficiadas com dinheiro do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), administrado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O objetivo é entregar à população 13 novos quilômetros de metrô. O governo anunciou a continuidade de linhas e estações nas zonas norte, oeste e leste de São Paulo.
Tanto Covas como Serra negaram que o ato fosse de conteúdo eleitoral. Para o governador, trata-se de um "investimento prioritário para o trabalhador".
O ministro definiu o acordo como o "primeiro programa de pleno emprego" do presidente Fernando Henrique Cardoso. "Isso não é campanha, é o governo tra balhando", disse.
O governo de São Paulo calcula que será possível a promoção de pelo menos 30 mil novos empregos diretos na cidade.
Segundo Serra, os recursos pertencem ao FAT, são administrados pelo BNDES e também estão beneficiando outros Estados e cidades.
Assédio eleitoral
Antes e depois da assinatura do contrato para recursos do metrô, o ministro sofreu o assédio explícito de cabos eleitorais do PSDB que insistiam pela sua candidatura à Prefeitura.
Segundo Serra, essa possibilidade não existe mais. "Definitivamente não sou candidato", afirmou. "Nunca fui".
Covas disse que se tratava de uma questão pessoal e não caberia mais insistir sobre o assunto.
Assessores do governo estadual, no entanto, ainda apostam na chance de ter o ministro do Planejamento na disputa. Um deles é o secretário de Energia, David Zylberstajn, genro do presidente Fernando Henrique. Caso resolva ser candidato, o ministro tem até o próximo dia 2 para deixar o cargo, segundo a legislação eleitoral.
Esse prazo indica que Serra continuará sofrendo o assédio dos tucanos nas próximas semanas.
Bom candidato O governador de São Paulo, que insistiu nos últimos dias na candidatura Serra, disse que o PSDB não sofre da falta de um bom candidato à Prefeitura. Segundo Covas, "sobra candi dato" no partido. O governador se referia aos nomes postos até o momento para a disputa interna.
Quatro tucanos medem forças nessa corrida: o deputado estadual Walter Feldman, os deputados federais Arnaldo Madeira e José Aníbal e o secretário de Ciência e Tecnologia, Emerson Kapaz.

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