São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 1996
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Câmara mantém privilégio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Câmara aprovou ontem o dispositivo da reforma da Previdência que mantém o privilégio de parlamentares, governadores e de quem ocupa cargo eletivo de acumular a aposentadoria e salários.
O ponto foi o primeiro na retomada da votação da reforma, parada desde o final de março. A votação dos destaques deve ser retomada na próxima terça-feira.
A emenda da Previdência prevê o fim do acúmulo de vencimentos e aposentadoria aos servidores públicos. O texto estabeleceu a exceção para os ocupantes de cargos eletivos e comissionados.
A oposição pediu votação separada desse item na tentativa de rejeitá-lo. O placar registrou os votos a favor de 324 deputados, 124 contrários e 6 abstenções.
O governo enfrenta dificuldade para manter o número de deputados necessário no plenário para garantir a manutenção do texto da emenda. Ontem, depois de três votações, a sessão foi encerrada a pedido dos governistas.
Por um voto apenas a mais que o necessário, o governo conseguiu manter as novas regras para a aposentadoria do funcionalismo.
O destaque da oposição retirava todo o artigo 40 da proposta do relator Michel Temer (PMDB-SP), que define as normas para aposentadoria dos funcionários públicos.
Dentre elas, a exigência de 55 anos de idade e 35 anos de contribuição, se homem, e 50 anos de idade e 30 anos de contribuição, se mulher, e cinco anos na função no caso de aposentadoria integral.
O governo precisava de 308 votos para manter o texto do projeto. Obteve 309 votos.
O terceiro destaque rejeitado da oposição tentava restituir o tempo de serviço para efeito de aposentadoria, em substituição ao tempo de contribuição.

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