São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 1996 |
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Funcionários estão sendo punidos, diz secretário
MARCELO GODOY
O secretário afirmou que existem várias pessoas descontentes com os métodos da nova administração e que elas estariam tentando desmoralizar o diretor Walter Erwin Hoffgen por causa do endurecimento da disciplina na prisão. Segundo Marques, "é evidente que isso tudo tem como contexto a situação excepcional da Detenção". O secretário disse que o comércio de privilégios é uma situação particular desse presídio e que ele não ocorre em outras penitenciárias do Estado. "É um presídio que tem capacidade para 3.200 presos, mas possuiu mais de 6.000. As normas internacionais aconselham que cada penitenciária tenha cerca de 600 internos". Mais uma vez, Marques afirmou que a solução para o problema é a desativação da Casa de Detenção e a construção de novos presídios no Estado. A desativação do Complexo Penitenciário do Carandiru depende da mudança de zoneamento da área onde está o presídio. Isso depende de aprovação da Câmara Municipal de São Paulo. Ontem, a Casa de Detenção tinha 6.234 internos. O presídio tem cerca de 150 agentes penitenciários para cuidar dos presos em dias de visita. "É muito difícil administrar um presídio como esse", afirmou. Ele também disse que os casos de corrupção descobertos pela administração estão sendo punidos, e os funcionários, afastados. Sindicato O sindicato dos agentes penitenciários de São Paulo acredita que poucos agentes penitenciários aceitam suborno de presos. "A maioria dos funcionários é honesta e trabalhadora. Não podemos generalizar essas acusações", afirmou Paulo Gilberto de Araújo, um dos diretores do sindicato. Araújo também defende a desativação do presídio e disse que ele é inseguro para os presos e para os funcionários. "A Detenção é quase um campo de concentração". (MG) Texto Anterior: O que pode ser comprado na Detenção Próximo Texto: Fuga está sendo investigada Índice |
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