São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 1996
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Chile pode dizer não ao bloco

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A adesão chilena ao Mercosul, prevista para 25 de junho, está ameaçada por novas exigências dos quatro países do bloco (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai).
"O Chile não assinará nenhum acordo que prejudique seu desenvolvimento", disse o ministro de Economia chileno, Alvaro García.
García se refere à proposta enviada pelo Mercosul na semana passada ao Ministério de Relações Exteriores do Chile.
Os países do bloco exigem que o índice de nacionalização dos produtos a serem beneficiado com alíquota zero esteja acima do previsto inicialmente: 60%.
O novo índice exigido pelo bloco, porém, não foi divulgado por García. Esse novo requisito imposto pelo Mercosul abrange cerca de 50% dos produtos chilenos que iriam ser isentos de taxação.
Falta de tempo
Além disso, disse García, a proposta requer muito tempo para ser analisada, o que torna improvável a assinatura do acordo, agendada para 25 de junho, em Buenos Aires (Argentina).
Segundo o jornal chileno "El Mercúrio", o governo já teria decidido por não assinar o tratado.
Em texto publicado ontem, o jornal afirma que a equipe econômica do governo considerou pouco séria a atitude dos países do Mercosul, ao enviarem a poucas semanas da prevista adesão, uma proposta que muda completamente o rumo das negociações.

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