São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 1996 |
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Chineses revidam com sobretaxa à importação
JAIME SPITZCOVSKY
Os chineses divulgaram ontem a sua lista, menos de uma hora após anúncio feito por Washington. "No interesse da soberania do Estado e da dignidade nacional, a China não tem outra opção além de adotar medidas retaliatórias correspondentes", dizia o texto do Ministério do Comércio Exterior e Cooperação Econômica. A declaração, divulgada pela agência de notícias oficial, a "Xinhua", dizia que as sanções americanas "prejudicaram gravemente as relações entre EUA e China". O ministério pediu que os EUA corrijam a sua "decisão errônea". As sanções Com as medidas anunciadas pela China, uma tarifa de 100%, além das alíquotas habituais, vai recair sobre uma lista de importados dos EUA. A lista inclui carros, produtos agrícolas, aparelhos de telecomunicação, cigarros e cosméticos. A China também vai suspender a importação de filmes e programas de TV norte-americanos. A indústria cinematográfica dos EUA figura entre os principais setores da economia americana que pressionam a Casa Branca para adotar "linha dura" nas negociações com o governo chinês. A China anunciou que também será suspensa a concessão de registro a empresas norte-americanas de comércio ou turismo, por exemplo, que desejem atuar no mercado chinês. O plano entra em vigor no mesmo dia em que passarem a valer as medidas norte-americanas. A China não anunciou nenhuma cifra sobre o valor de suas medidas. Promessa chinesa Para tentar reduzir a crise, a China anunciou ontem que vai aumentar o controle sobre o mercado de áudio e de vídeo, tentando combater a pirataria intelectual. O ministro da Cultura do país, Liu Zhongde, disse que o país vai exigir licenças para a operação de salas de projeção e proibir a exibição de filmes piratas. O transporte do material de áudio e de vídeo também passaria a ser controlado. Texto Anterior: Os prejuízos da China; As sanções contra os EUA Próximo Texto: Avião pode ter explodido antes de cair em pântano da Flórida Índice |
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