São Paulo, sexta-feira, 17 de maio de 1996 |
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Malan diz que Estados poderão manter controle sobre bancos VIVALDO DE SOUSA VIVALDO DE SOUSA; GUSTAVO PATÚ
Os Estados que quiserem participar do pacote de socorro aos bancos estaduais, a ser lançado nos próximos dias, poderão manter o controle das instituições. A informação foi dada ontem pelo ministro Pedro Malan (Fazenda). O governo vai oferecer aos Estados um cardápio com diversas opções para a capitalização dos bancos. A maioria dos governadores não está interessada em privatizar seus bancos. Uma das opções em estudo é semelhante ao acordo do Banespa, pelo qual o governo de São Paulo pagará suas dívidas junto ao banco com ajuda do Tesouro e com a venda de estatais, sem perder o controle acionário da instituição. A resistência dos governadores à perda do controle acionário dos bancos estaduais é confirmada pela Associação dos Bancos Comerciais Estaduais. "Um programa que force a mudança do controle acionário não atende às necessidades dos bancos", disse Ozias Monteiro, presidente da entidade. Nem todos os 25 bancos estaduais devem aderir ao pacote de socorro em estudo pela equipe econômica. Opções Malan disse que a medida provisória em estudo prevê pelo menos quatro possibilidades. A primeira seria repassar a administração do banco para um grupo privado, que ficaria responsável pela sua posterior privatização. Uma segunda possibilidade é a liquidação do banco, desde que solicitada pelo governador. Outra proposta prevê que o banco poderia ser diretamente privatizado pelo Estado com apoio do governo federal e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A quarta possibilidade é igual ao acordo fechado em torno do Banespa. Depois do acerto, que prevê uma injeção de R$ 7,5 bilhões por meio de títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, o banco retorna para o governo estadual. Texto Anterior: Procuradoria suspeita que BC sabia da situação do Nacional Índice |
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