São Paulo, sexta-feira, 17 de maio de 1996
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Tribunal vai julgar greve na construção

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

A greve na construção civil do Estado de São Paulo vai a julgamento na segunda ou terça-feira.
Em audiência de conciliação realizada ontem no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em São Paulo, não houve acordo.
O juiz Agemiro Gomes, do TRT, propôs reajuste salarial de 16% para a categoria, com data-base em maio. Os trabalhadores aceitaram a proposta, mas o Sinduscon (representa 5.000 construtoras), não.
Também foi infrutífero o encontro, ontem pela manhã, entre o presidente do Sinduscon (representa as construtoras), Eduardo Capobianco, e os sindicalistas.
"Capobianco disse que as construtoras, em assembléia, decidiram conceder o reajuste de 4,44%, o mínimo garantido por lei, para todos os salários", disse Douglas Martins, da federação dos trabalhadores no Estado.
Os trabalhadores pedem 19% e já fecharam acordos individuais com as construtoras de Bauru, por exemplo, prevendo aumento de 21%, de acordo com Douglas.
Segundo o Sinduscon, a maioria das construtoras não está firmando acordos individuais.
Protesto
A federação dos trabalhadores realizou ontem, às 10h30, na frente da sede do Sinduscon, na rua Veridiana, centro de São Paulo, um protesto, do qual participaram 2.000 pessoas, segundo Douglas.
Para o Sinduscon, no horário de pico, 200 trabalhadores participaram do protesto.
Também os números da greve são bem antagônicos.
Para o Sinduscon, a paralisação quase não existe.
Douglas Martins garante que 40% dos 800 mil trabalhadores do setor no Estado de São Paulo estão parados, principalmente em regiões do interior.

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