São Paulo, sábado, 18 de maio de 1996
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Sindicato vê 'saída política' em relatório

DA REPORTAGEM LOCAL

A comissão que apurou o acidente com a banda Mamonas Assassinas chegou a uma "saída política", segundo Ruy Ciarlini, diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores na Proteção ao Vôo.
"A responsabilidade foi distribuída entre piloto, torre e o DAC, um pouco para cada um. Se todo mundo é responsável, ninguém é responsabilizado", disse.
Em sua opinião, os erros da torre apontados no relatório não foram responsáveis pelo acidente. "Esse tipo de investigação aponta falhas ocorridas em todas as fases do vôo", explica Ciarlini. "Isso não significa que todas elas derrubaram o avião, pois apenas alguns erros contribuíram para o acidente."
Pelas informações de que dispõe, obtidas inclusive junto a participante da reunião em que foi discutido o relatório final, Ciarlini afirma que acidente foi causado por um "erro de avaliação" do piloto.
Após a arremetida, ele teria considerado que havia condições para prosseguir o vôo visualmente. Uma instrução do Ministério da Aeronáutica determina que, se o piloto optou pelo vôo visual, cabe a ele regular "sua própria separação em relação a obstáculos", cita Ciarlini. "A norma do Ministério da Aeronáutica é clara: nesse caso, a responsabilidade é do piloto."

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